Rua Pedro Theobaldo Breidenbach, n° 2332 Conventos
- Lajeado
Telefone: 3982 1194
PROFESSORA: Andréia Sauthier
ASSUNTO: Tempo
ANO: 2012
TURMA: “E”
Lajeado
TURMA “E” 2012
ORIEGEM
COM JUSTIFICATIVA E EMBASAMENTO TEÓRICO:
Tendo em vista algumas observações e
situações ocorridas nos últimos dias de aula, percebi esse interesse dos alunos
em relação ao tempo. A questão se fazia presente em todos os momentos: nas
falas, questionamentos e brincadeiras cotidianas do grupo, como por exemplo: Em
determinada situação, disseram quanto tempo poderiam ainda brincar no pátio? Ou
quanto tempo faltava para fazer tal trabalhinho? Ou quantos dias faltavam para
fazer determinada coisa? Algo que foi bem marcante foi quando 2 alunos
precisaram tomar remédio e era as 10 horas, todos queriam saber como podiam
saber como era 10 horas, expliquei e todos ficaram grudados no meu relógio para
ver as 10 horas chegar. E ainda, quanto tempo falta para o meu pai vir me
buscar? Ou mesmo, por que temos que guardar os brinquedos agora? Por que está
na hora do almoço?
A partir dessas evidências que revelam
o interesse dos alunos, que construí a proposta de trabalho denominada “Quanto
tempo o tempo tem?[2] Alunos da
educação infantil descobrem o tempo presente em suas vidas!”
Esse estudo objetivou desenvolver
atividades relacionadas ao tempo, a fim de permitir às crianças maior contato
com as questões temporais, possibilitando-lhes a compreensão da influência
deste marcador em suas vidas, e como este orienta a organização social bem como
a sua própria rotina dentro da escola.
O problema adquire um
sentido importante quando as crianças buscam soluções e discutem-nas com as
outras crianças. Não se trata de situações que permitam “aplicar” o que já se
sabe, mas sim daquelas que possibilitam produzir novos conhecimentos a partir
dos que já se tem e em interação com novos desafios. Neste processo, o
professor deve reconhecer as diferentes soluções, socializando os resultados
encontrados. (BRASIL, 1998, p. 33).
No sentido de valorizar a ação do aluno
como sujeito ativo, o Referencial Curricular Nacional para a Educação infantil,
v.1 (BRASIL, 1998) traz a importância de identificar os conhecimentos prévios
dos alunos, a fim de que estas possam estabelecer relações entre os novos
conteúdos e os conhecimentos já construídos. Esse processo possibilitará aos alunos
modificarem seus conhecimentos prévios, ampliá-los com novas aprendizagens.
Desse modo, foi possível criar situações de aprendizagens, nas quais puderam
demonstrar e explicar seus conhecimentos por meio das diversas linguagens e
assim, socializar, no grupo, suas vivências e experiências.
Sobre os processos de aprendizagem,
ZABALA (2002) aponta que “a aprendizagem não é simplesmente um acúmulo de
saberes, e sim depende das capacidades de quem aprende e de suas experiências
prévias” (ZABALA, 2002, p. 64). Estas servem de base para a estruturação do
novo conhecimento, permitindo ao individuo aplicá-lo de modo a solucionar as
diferentes situações que lhe ocorrer.
No convívio social os alunos se deparam
com uma série de regras e convenções já estabelecidas: horários determinados,
espaços delimitados, etc. Nesse sentido, é importante que tenham a oportunidade
de refletir sobre essas questões, para que possam compreender a organização do
grupo e descobrir maneiras de interagir num espaço comum.
A vida cotidiana, na escola, é regulada
e ordenada pela questão temporal e, o relógio representa o artefato central. De
acordo com Barbosa (2007).
Ninguém pode negar o
lugar de privilégio a esse objeto, que faz parte da vida cotidiana, marcando o
ritmo da ação, medindo os rituais e ordenando os ciclos da existência. Ele é um
símbolo cultural e, também, um mecanismo de controle social da duração do tempo
(BARBOSA, 2007, p.139).
Nesse
sentido, o desenvolvimento da temática em questão torna-se relevante e
necessária na medida em que possibilita a construção em relação às noções de
tempo e localização temporal, proporcionando o desenvolvimento do raciocínio
lógico matemático, como também estimulando a investigação científica e a busca
pelo conhecimento através das atividades que foram propostas.
A noção de tempo será explorada nos
seus diversos aspectos: ordem, sucessão, duração, simultaneidade e etc. Por
exemplo: a sucessão dos dias (ontem, hoje, amanhã); a duração das atividades
(mostrando que existem “diferentes tempos”, de acordo com o ritmo de cada pessoa);
as noções de presente, passado e futuro. E muitos outros aspectos.
De forma, o estudo possibilitara
responder questões como: O que é o tempo? Como marcamos o tempo? Para que serve
o relógio? Que outros instrumentos marcam o tempo? Como os povos antigos se
orientavam no tempo? Quais os tipos de relógios existem? Quais desses têm em
sua casa? Como acontece o dia e a noite? Dentre outras questões, as quais
estiveram orientadas por uma série de experiências. Destas destaca-se,
resumidamente, algumas das atividades realizadas.
O trabalho terá início através da
narração da história “O tempo que nós temos”. E assim falaremos sobre o que
querem e desejam saber mais sobre o assunto tempo.
Segundo Bizzo (2009):
É necessário dar voz
ao aprendiz, que deve ficar consciente de como concebe a realidade que conhece.
Ao fazê-lo falar sobre suas idéias, elas se tornam claras para o próprio
sujeito. [...] Ao expor suas idéias, as crianças ficam contentes e é possível
que isto esteja associado com um tipo de prazer parecido ao de montar um
quebra-cabeça, uma satisfação intelectual (Bizzo, 2009 p. 66).
Objetivos
·
Criar e desenvolver a
noção temporal, através de diferentes situações de aprendizagem.
·
Conhecer o relógio sua
função e desenvolver a noção das horas e o porquê que precisamos ser regrados e
regularizados pelo tempo.
·
Perceber a diferença
entre o dia e a noite, atribuindo objetos que simbolizem estas diferenças.
·
Compreender que existem
outras formas de marcar o tempo e não só o relógio.
·
Conhecer as estações do
ano e percebem que elas também determinam um certo tempo e suas
características.
·
Compreender que o
relógio não existiu sempre e que antigamente as pessoas se baseavam pelo sol e
depois por outros instrumentos até o relógio ser inventado e observar
diferentes modelos.
·
Perceber que o tempo
passa para todo que a cada ano somos um ano mais velho e o que isso representa
em nossas vidas.
·
Fazer a distinção do
ontem, hoje e amanhã, conhecendo o presente, passado e futuro, para obste esta
noção temporal tão importante.
Linguagem prioritária:
Linguagem do tempo
Ø Linguagem Plástico-visual;
Ø Linguagem das Brincadeiras e Jogos;
Ø Linguagem Oral;
Ø Linguagem da leitura e escrita;
Ø Linguagem Lógico matemática;
Ø Linguagem da Literatura Infantil;
Situações de
aprendizagem possíveis de ser realizadas:
·
Confeccionar o
calendário, onde será explorado diariamente, observando dias da semana, dias de
números, mês, anos e tempo (clima), dando ênfase também ao trabalho do ontem
(passado), hoje (presente), amanhã (futuro).
·
Confeccionar um relógio
com os ponteiros móveis, onde será trabalhado através da música das caveiras,
bem como a palavra relógio. Tendo como meta a compreensão das horas cheias,
também compreendendo um pouco os segundos e minutos. Em cima deles também
trabalhar a questão numérica observando quem conhece os números que nele estão.
·
Conversas relacionadas
ao assunto, onde vamos falar sobre como era marcado o tempo antigamente, bem
como outras formas de medir o tempo.
·
Fazer uma visita ao
museu de Forquetinha, observando objetos antigos e fazer relação aos atuais,
observando bem os modelos de relógios antigos, como eram e como são, percebendo
que o tempo passa e tudo muda.
·
Confeccionar uma
ampulheta, outra forma de marcar o tempo, com sucatas, garrafas pet fitas e
arreia, fazendo competições de o que podem fazer até que a areia acabe, fazendo
ampulhetas de diferentes tempos.
·
Observar o relógio de
pendulo, trazido por mim, percebendo seu funcionamento, as badalas do sino
conforme as horas, conhecendo mais sobre os relógios antigos.
·
Trazer de casa relógio
antigos para uma exposição na escola, tendo como meta analisar o quanto são
velhos e como funcionavam.
·
Histórias infantil sobre
o tema como: De hora em hora da Ruth Rocha, que fala sobre o que se pode fazer
cada hora. E outras que surgirão ao longo do estudo.
·
Fazer uma comparação
deles quando bebes e atualmente, percebendo que o tempo não passa só para os
objetos como para eles e assim com o passa outras prioridades temos na vida.
·
Estudar o dia e a noite,
observando características de cada um, onde o desenho da noite será realizado
em folho preta, onde observarão o que podem usar para aparecer nesta folha
diferente. Trabalho de escrita das palavras dia e noite.
·
Estudar as quatro estações
do ano, atribuído características principais para cada estação. Trabalhando a
escrita das palavras usando os carimbos de letras e desenhando cada uma.
Compreendendo que as estações também são uma forma de tempo, assim como o
clima, temperatura e o que acontece e podemos fazer em cada uma.
·
Fazer um cartaz da nossa rotina com vários
relógios apontando as horas para cada situações para que passem a conhecer
melhor a rotina e porque naquele momento devem parara de fazer uma coisa e
começar a fazer outra.
·
Confeccionar um relógio
de pulso com papel cartão para cada um onde deverão cuidar para que as horas de
cada situação realizada seja marcada por eles em seus relógios.
·
A
parlenda “O tempo perguntou pro
tempo: quanto tempo o tempo tem? O tempo respondeu pro tempo. Que tem tanto
tempo. Que nem o tempo poderá dizer quanto tempo o tempo tem”, falada
em vários ritmos, cantada usando claves, proporcionou a exploração e o
exercício da linguagem oral, além do diálogo sobre o tempo.
·
Gráfico em forma de
circulo, envolvendo o dia, mês, ano, estações do ano. Onde no centro colaremos
um relógio, representando o dia, ao redor deste, círculos representando 30 dias
do mês, onde será desenhado e escrito sobre cada mês, e por ultimo as 4 estações
do ano onde serão representadas por desenhos característicos. Percebendo tudo o
que pode ser marcado como tempo.
PROVIDENCIAS
PRÁTICAS E MATERIAIS: Rádio CD, sucatas,
materiais de expediente, livros de Histórias Infantis,
maquina digital, diferentes instrumentos que marcam o tempo.
REGISTRO E AVALIAÇÃO: Concomitante ao projeto
Este comentário foi removido por um administrador do blog.
ResponderExcluirParabéns professora!! Lindo projeto!!! Obrigada por compartilhar!
ResponderExcluirEstou trabalhando esse tema com crianças três anos da Ed. Infantil. suas sugestões contribuíram com o meu trabalho. obrigada por compartilhar
ResponderExcluirAmei
ResponderExcluiraadorei, obrigada
ResponderExcluir